1 Caramuru1 t
Caramuru, importante jornal dos restauradores, grupo momentaneamente fortalecido com a renúncia de Feijó, ministro da Justiça, que os havia enfrentado. Domínio público, Biblioteca Nacional Digital

Feijó tinha consciência da ameaça que os grupos de oposição ao governo representavam, especialmente os restauradores, que, ao contrário dos exaltados, detinham uma parcela do poder, pois reuniam as forças conservadoras do Senado, além de deter a tutela do príncipe herdeiro e de suas irmãs. Assim, tentou tirá-los do poder.

Procurou, inicialmente, que a Câmara destituísse José Bonifácio do cargo de tutor, mas o Senado colocou-se contra. Tentou, então, converter a Câmara numa Assembleia Geral para que votasse as medidas que pleiteava, mas não obteve o apoio necessário dos deputados. Sentindo-se desprestigiado e sem apoio político, acabou renunciando, em junho de 1832, ao cargo de ministro da Justiça.

A queda de Feijó significou uma vitória dos restauradores, que iniciaram um movimento pelo retorno de D. Pedro I. Por meio de seu jornal, Caramuru, pregavam abertamente tal proposta.

3 Morte DPedro t
O Partido Restaurador perdeu a razão de existir após a morte de Pedro I, em 1834. Litografia colorida a mão (31,5 x 36,5 cm) de Nicolas-Eustache Maurin, 1836. Uso amparado pela Lei 9610, Palácio Nacional de Queluz

Os moderados, temendo essa possibilidade, resolveram reagir e conseguiram acabar com a Sociedade Militar, desbaratando o Partido Restaurador. José Bonifácio foi destituído do cargo de tutor e preso em dezembro de 1833, sendo substituído pelo Marquês de Itanhaém.

Com a morte de D. Pedro I, em 1834, o Partido Restaurador perdeu sua razão de existir. Nesse momento, também, tornam-se mais explícitas as divergências dentro do Partido Moderado.