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Água sem desperdício
03 Junho 2015 | Por Larissa Altoé
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paraibadosulO rio Paraíba do Sul é o principal manancial de abastecimento do estado do Rio de Janeiro. Na Estação Elevatória Santa Cecília, no município de Barra do Piraí, parte de sua água é desviada para o Rio Guandu, com o objetivo de abastecer cerca de 9 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio de Janeiro.

De acordo com a Agência Nacional de Águas – ANA, que regula o setor, as chuvas registradas na Região Sudeste, onde está localizada a Bacia do Paraíba do Sul, estão muito abaixo da média. Os dados apontam que em 2014 as chuvas e vazões observadas foram as menores do histórico, monitorado desde 1930.

Mesmo com a estiagem sem precedentes, o carioca ainda esbanja água. Segundo levantamento feito pelo Ministério das Cidades, o morador do Rio gasta, em média, 253 litros por dia, muito acima da média brasileira, de 166 litros diários por pessoa, ou dos 110 litros per capita/dia recomendados pela Organização das Nações Unidas – ONU.

Mudanças de hábito

As medidas de economia são simples e fáceis de serem seguidas, entre elas, fechar a torneira ao escovar os dentes, ao se ensaboar durante o banho e ao fazer a barba e lavar a louça; evitar banhos demorados; consertar eventuais vazamentos; e usar, preferencialmente, vassoura para limpar quintais e calçadas. Além disso tudo, deve-se estar atento contra o desperdício.
A Companhia Estadual de Águas e Esgotos – Cedae – afirma que a água distribuída aos cariocas é potável e recebe flúor para ajudar no combate à cárie dentária. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – Proteste –, no entanto, ressalta a importância de filtrá-la ou fervê-la para ter certeza de que a qualidade está garantida.

florestatijuca rioContando com 220 rios, 53 canais, 12 córregos e 5 lagoas, de acordo com a revista Educação Pública, do Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro – Cecierj, a cidade não deveria estar enfrentando um período de seca. Ocorre que, como em muitas outras metrópoles, a ocupação urbana ao longo do tempo aterrou, canalizou e drenou grande parte desses cursos d´água, fazendo com que eles chegassem aos dias atuais deteriorados em sua maior parte.

Falta de saneamento

Este tipo de ocupação do solo, tão comum às grandes cidades, traz consequências desastrosas para a comunidade. Quando chove forte e em muita quantidade, ocorrem as enchentes porque a superfície urbana impermeabilizada não consegue dar vazão à precipitação.

A falta de saneamento é outro grave problema. De acordo com o último Censo, de 2010, mais de 30% do esgoto residencial da região metropolitana é despejado diretamente na natureza, indo parar nos rios, mares e lagoas. Soma-se a isso a poluição da Baía da Guanabara por centenas de indústrias e duas refinarias de petróleo situadas em seu entorno. A população de golfinhos, que em 1980 estimava-se em cerca de 400 animais, hoje se resume a apenas 40 deles.

A cidade de Seul, na Coreia do Sul, é um exemplo do que pode ser feito em termos de revitalização. O rio Cheonggyecheon tinha sido completamente pavimentado, dando lugar a ruas e viadutos. Em 2003, a prefeitura o recuperou e revitalizou, construindo um parque fluvial de 5.8km de extensão, onde os moradores podem se divertir em suas margens.

Cheonggyecheon coreiadosul

No Rio de Janeiro, temos muitos rios como o de Seul antes da revitalização. O rio Carioca, por exemplo, no seu traçado original, descia da Floresta da Tijuca e formava charcos e alagados até desaguar, junto ao Morro da Glória, na Baía da Guanabara. Atualmente, encontra-se quase totalmente enterrado em manilhas, submerso em galerias, sob as ruas Cosme Velho, Laranjeiras e Catete.

Muitos urbanistas defendem atualmente que as intervenções humanas podem ser ativamente restauradoras e, ao mesmo tempo, preventivas, ao invés de apenas destrutivas. Essa atitude pode ser aplicada na gestão da paisagem de outras sub-bacias da cidade.

Fontes: Portal Educação Pública, CEDAE, Agência Nacional de Águas.

 
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