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MultiRio lança projeto guarda-chuva de Cultura Digital na Rede
05 Agosto 2022 | Por Márcia Pimentel
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Palco de teatro, com foco de iluminação no presidente da MultiRio. Em primeiro plano, silhuetas de pessoas sentadas na plateia.
O presidente da MultiRio no lançamento do projeto, no Centro Cultural da Light. Foto: Ana Clara Scwartz, SME

Em evento ocorrido na terça-feira (2), no Centro Cultural da Light, foi lançado o projeto Desenvolvimento da Cultura Digital na Rede, uma espécie de guarda-chuva que articula várias iniciativas para promover a apropriação crítica e criativa das diferentes mídias e linguagens e o desenvolvimento da cultura digital nas escolas do município. O projeto é encabeçado pela MultiRio, em conjunto com a Secretaria Municipal de Educação (SME) e profissionais dedicados a refletir sobre o impacto das mudanças na área pedagógica.

Como destacou o secretário municipal de Educação, Antoine Lousao, o projeto não nega a escola presencial, mas assume o desafio de repensar o papel do educador em tempos de cultura digital. “Se as escolas não se adaptarem, rapidamente, à nova realidade cultural, vão virar um vetor de aprofundamento das desigualdades sociais”, avaliou. Para o presidente da MultiRio, Paulo Roberto Miranda, trilhar caminhos para o desenvovimento da educação de qualidade, no mundo atual, passa por estratégias que reconheçam o papel da tecnologia no processo educacional. "Estamos empenhados nessa meta e na criação de processos que atinjam toda a comunidade da Rede Municipal", disse.

Diagnóstico e formação

O guarda-chuva tem várias vertentes. Uma delas é promover, por meio da autoavaliação de cada docente, um diagnóstico da cultura digital na Rede para identificar de que forma os profissionais de Educação do Rio de Janeiro estão se relacionando com a cultura digital e transformando-a em práticas pedagógicas, de cidadania digital e de desenvolvimento profissional.

Uma mulher e um homem, ambos com microfone na mão, em um palco de teatro. Em primeiro plano, silhueta de pessoas sentadas na plateia.
Simone Monteiro e Eduardo Guedes, da equipe da MultiRio. Foto: Ana Clara Scwartz, SME

A avaliação será feita por meio de uma ferramenta on-line, desenvolvida pela MultiRio, que pode ser acessada em www.multi.rio/impressoesdigitais. Seu objetivo é nortear políticas públicas e, por isso, a participação do professor é fundamental, embora seja voluntária. “Trata-se de um questionário robusto, com razoável profundidade. Mas pode ser respondido aos poucos e com calma, até o final de setembro. Basta salvar cada vez que acessar”, explicou a assessora de Articulação Pedagógica da MultiRio, Simone Monteiro.

Ao final do preenchimento da ferramenta de autoavaliação, o professor receberá uma devolutiva com a análise de seu perfil, além de dicas e orientações que visam ajudar a ampliação de sua experiência com a cultura digital. 

Outra vertente do projeto é a formação de professores. Já estão, inclusive, abertas as inscrições para o curso on-line A Escola na Cultura Digital, oferecido por meio da plataforma EAD da Escola de Formação Paulo Freire (EPF). As inscrições podem ser feitas neste endereço: www.multi.rio/aescolanaculturadigital.

Os profissionais que atuam nas Salas de Leitura, nos Ginásios Experimentais Tecnológicos (GETs), nas unidades de extensão, nas bibliotecas escolares e municipais e os interlocutores da MultiRio nas CREs formam o público-prioritário, mas todos os professores podem se inscrever. O curso  contará com monitoria ao longo de todo o processo e é composto por três módulos: Conceitos Básicos, Percursos Formativos e Elaboração de Projetos.

Cartografias, agência de notícias e itinerância

Durante o evento de lançamento, ocorrido no Centro Cultural da Light, foram apresentadas outras vertentes do projeto: Cartografia de Boas Práticas na Rede, Agência de Notícias Estudantil e MultiRio Itinerante, este último já iniciado e com seu primeiro ciclo concluído em julho passado, quando professores e coordenadores pedagógicos participaram de encontros para explorar as potencialidades pedagógicas dos recursos oferecidos pela multiplataforma Meias Aventuras.

No caso da cartografia, a ideia é produzir mapas interativos, a fim de dar visibilidade às boas iniciativas feitas nas escolas, de forma que o professor seja incentivado a registrar suas experiências pedagógicas na escola. “O objetivo é construir uma potente rede de trocas, em diálogo com as diversas frentes da SME”, disse Simone Monteiro.

A Agência de Notícias Estudantil está em fase de construção. A intenção não se resume a estimular o desenvolvimento de linguagens de comunicação entre os estudantes, mas também trabalhar a maneira como eles acessam, produzem, analisam e compartilham informações. Parcerias com agências como a Lupa, de checagem da notícia, também farão parte dessa iniciativa.

Avatares e reflexões

Um dos momentos mais animados e cativantes do evento, foi a entrega de certificados aos alunos que venceram o concurso de avatar da Rioeducopédia, ambiente digital de aprendizagem da plataforma Rioeduca em Casa. O concurso premiou 11 desenhos, um por CRE, todos interpretados e trabalhados pela equipe de criação da MultiRio.

Crianças e adolescentes posam, em cima de um palco, com seus certificados de vencedores do concurso
Os vencedores do concurso de avatar. Foto: Ana Clara Scwartz, SME

O evento de lançamento ainda contou com a participação de duas profissionais parceiras, que têm se dedicado à reflexão da cultura digital na área de Educação. Carolina Sanches, jornalista, pedagoga e ludóloga, fundadora do Lerconecta, apresentou perfis de algumas crianças da nova geração e defendeu a ideia de que, hoje, a aprendizagem precisa misturar atividades off-line e on-line e promover o que ela chama de D3NA: diversão, desafio e diálogo, narratividade e aventura.

Adriana Rocha Bruno, professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unirio, acredita que o sucesso da formação do professor reside na postura de se abrir para o novo: “Promovo caminhadas fotográficas, espalho QR codes pela escola para fazer uma caça ao tesouro, peço para os alunos produzirem fake news para que eles saibam  reconhecê-la...”, argumentou, levantando a bandeira de que é “viável viver o inédito”.

 
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