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O Museu do Amanhã, inaugurado no final de 2015. Entre suas missões, o estímulo à reflexão das questões futuras, que já batem à porta do presente (Crédito: Prefeitura do Rio de Janeiro)

E você aí, que na vida segue Rio afora. Que recebe aquele que vem para esta cidade, traduzida em versos pelos poetas e em canções pelos compositores que respiram o ar marinho trazido pelos ventos que sopram da Baía de Guanabara. Que caminha pelo chão da Cidade Maravilhosa, onde os contrastes e os desafios frequentemente se apresentam. Talvez se pergunte sobre rumos: para onde caminha essa urbe fundada em 1565, em meio à batalha de Uruçumirim, que desarticulou a chamada França Antártica?

Uma cidade que, como outros lugares no mundo, desperta polêmicas e que, nos últimos anos, segundo o professor José Márcio Camargo, vivencia “uma mudança importante de percepção e de atitude – tanto da população quanto do poder público – quanto à necessidade de (...) melhorar a segurança e a qualidade de vida em geral”. O almejado, para que o Rio seja atrativo para investimentos que gerem benefícios, é criar um espaço onde o desenvolvimento sustentável esteja presente. Será então “possível criar a mística de que o Rio é a cidade da biodiversidade (pois tem uma das maiores florestas tropicais do mundo), do lazer, do esporte aquático, da cultura, da ciência, da tecnologia e do turismo”, conclui José Márcio Camargo.

Rio, cidade de várias faces e muitas interfaces. Pluralidade que abre vários caminhos em direção ao futuro. Qualificações que construíram o perfil necessário para que ela sediasse partidas da Copa do Mundo de Futebol (2014) e os eventos dos Jogos Olímpicos (2016).

A demanda gerada por eventos esportivos de porte necessita de investimentos em infraestrutura logística (como o Porto Maravilha e as reformas do Aeroporto do Galeão), energética (geração e transmissão de energia elétrica, petróleo, gás natural e energias renováveis), social e urbana (Programa Luz para Todos, saneamento, habitação, metrô, recursos hídricos). Outras importantes questões abordam ações ligadas ao lazer que sejam de usufruto público, especialmente para comunidades carentes.

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Os trilhos do VLT e a Praça Mauá revitalizada pelo projeto Porto Maravilha: legados dos Jogos Olímpicos para a cidade (Crédito: Prefeitura do Rio de Janeiro)

Historicamente, legados e heranças resultam do esforço, da vontade de todos, especialmente dos diálogos efetivados na direção de que tais experiências sejam capazes de gerar repercussões positivas. O tempo passa e a vida é tão rara como, em versos da canção Paciência, disse o compositor Lenine:

“O mundo vai girando
cada vez mais veloz
a gente espera do mundo
o mundo espera de nós”.

Afinal, o que se sonha junto fica melhor ainda quando ele chega: o futuro.