Um faz parte dos Jogos desde a Antiguidade, apesar das modificações sofridas ao longo dos anos. O outro entrou na cena olímpica em 2000, em Sydney, e faz sua estreia paralímpica neste ano. Pentatlo moderno e triatlo envolvem a combinação de diferentes modalidades em uma mesma competição esportiva, todas disputadas no mesmo dia. O primeiro reúne esgrima, natação, hipismo, corrida e tiro esportivo. O outro combina natação, ciclismo e corrida.
Pentatlo moderno: origem na Antiguidade
Nascido na Grécia Antiga, o pentatlo foi um dos primeiros esportes a integrar o quadro de modalidades disputadas nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, em 708 a.C., e era considerado, também, um dos mais nobres.
Sua origem está ligada ao militarismo. Os espartanos utilizavam a modalidade para selecionar os soldados mais completos e versáteis. Naquela época, eram disputadas provas de corrida, salto em distância, arremesso de disco e salto em altura. Cada etapa era eliminatória, até que sobrassem dois atletas, que lutavam entre si para que fosse definido o campeão.
No final do século XIX, no entanto, um oficial sueco teve a ideia de adaptar o esporte para uma simulação militar – e aí começou a transformação do esporte para o que hoje conhecemos como pentatlo moderno. A intenção do sueco era que se criasse a situação de um soldado que deveria entregar mensagens atrás das linhas inimigas: começava a cavalo, passava pelo tiro, pela esgrima e pela natação, terminando na corrida.
A proposta agradou ao Barão de Coubertin – francês que idealizou os Jogos na Era Moderna –, que inseriu a disputa nos Jogos de Estocolmo (1912). Devido às modificações, a palavra “moderno” foi acrescentada ao nome da modalidade, para diferenciá-la da versão praticada da Antiguidade.
Houve também uma alteração importante nos Jogos de Atlanta (1996): as provas, antes disputadas em datas diferentes, passaram a acontecer em um único dia. A ideia era que a competição se tornasse mais dinâmica e atrativa para o público.
Sempre restrita aos homens, a modalidade passou a contar também com as disputas femininas apenas em 2000, em Sydney.
Triatlo olímpico
O triatlo (ou triathlon) surgiu nos Estados Unidos, em um clube de atletismo, como um programa de treinamento para que os competidores mantivessem a forma durante o período de férias, com exercícios diversificados que incluíam natação, ciclismo e corrida. No retorno ao clube, os técnicos faziam um teste a fim de conferir se os atletas haviam cumprido o programa.
A primeira prova oficial foi em 1974, na cidade de San Diego, combinando 500m de natação, 8km de ciclismo e 10km de corrida.
Os atletas gostaram tanto da atividade que os treinadores deram continuidade ao “teste”. Nas férias seguintes, as provas contaram com a participação de guarda-vidas de San Diego, considerados “imbatíveis”. Eles, inclusive, propuseram algumas modificações, como a natação no mar e o ciclismo na avenida da praia e nos arredores.
No Brasil, a modalidade passou a ser praticada em 1981, e a primeira competição oficial aconteceu no Rio de Janeiro, em 1983, oito anos antes da criação da Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri).
Tradicionalmente, são três os tipos de provas disputadas: o short triatlo (750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida), o triatlo olímpico (1500m de natação, 40km de ciclismo e 10km de corrida) e o ironman (3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida). Os atletas devem completar a prova no menor tempo possível, e as transições entre cada etapa contam no tempo total.
Ao longo dos anos, a modalidade passou por várias modificações e atraiu adeptos em todo o mundo, até sua estreia olímpica no ano 2000, em Sydney.
Triatlo paralímpico
O primeiro campeonato mundial de triatlo paralímpico aconteceu em 1996, na cidade de Cleveland, nos Estados Unidos. Em dezembro de 2010, o triatlo foi anunciado oficialmente como modalidade paralímpica, e neste ano faz sua estreia nos Jogos.
Existem algumas diferenças e adaptações em relação à modalidade convencional. A disputa paralímpica engloba 750m de natação, 20km de ciclismo e 5km de corrida.
O paratriatlo, como também é chamado, é dividido em cinco classes, PT1 a PT5, de acordo com os diferentes tipos de deficiência: cadeirantes (PT1), atletas com deficiência nos membros (PT2 até PT4) e deficientes visuais (PT5). Paraplégicos ou cadeirantes podem usar a handycle – uma bicicleta em que os pedais são impulsionados com as mãos – e realizar a corrida com a cadeira de rodas.
Fontes:
Portal Brasil 2016
Site da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno
Site da Confederação Brasileira de Triathlon