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Oralidade, leitura, escrita e análise linguística nas Orientações Curriculares para a Alfabetização
11 Setembro 2018 | Por Fernanda Fernandes
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O apresentador Thiago Gomide com Maria Helena Costa, Maria de Nazareth Vasconcellos, Cristiane Belshoff e Janaína Cruz (Foto: Alberto Jacob Filho)

Nesta segunda-feira (10), teve início a VI Semana de Alfabetização, com o tema Identidades, saberes e fazeres docentes em Alfabetização. Organizada pela Gerência de Alfabetização da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro – SME-Rio, a iniciativa inclui atividades culturais, palestras e mesas-redondas.

A abertura contou com a participação de Maria Helena Costa, subsecretária de Gestão, e Maria de Nazareth Vasconcellos, subsecretária de Ensino, ambas representando a secretária de Educação, Talma Romero Suane; Cristiane Belshoff, coordenadora pedagógica da E.M. Professor Zituo Yoneshigue (6ª CRE); e Janaína Cruz, gerente de Alfabetização. Também houve apresentação da Orquestra de Vozes Meninos do Rio.

A professora Maria de Nazareth Vasconcellos enfatizou que os professores são heróis da resistência, anônimos, e que precisam, mais do que nunca, pensar com o coração e sentir com o cérebro. Ela também destacou algumas conquistas da Rede. “Começamos esta semana com o pé direito: com a notícia de que estão voltando os Centros de Estudo parciais, como consta no Diário Oficial do Município. Gostaria, ainda, de dizer que estamos felizes com o resultado do Ideb, 6º e 12º lugares nos anos finais e iniciais, respectivamente. Isso porque, apesar dos desafios que a cidade e o estado estão vivendo, crescemos.”

Janaína Cruz reforçou que o direito à escrita e à leitura são a razão do evento. “E peço que a Semana de Alfabetização aconteça em cada escola, com as crianças lendo e escrevendo.”

A MultiRio transmite ao vivo a VI Semana de Alfabetização aqui no Portal e no Facebook. Confira a programação: quarta-feira (12), das 9h45 às 12h e das 14h15 às 17h; sexta-feira (14), das 9h30 às 12h e das 14h30 às 16h30.

Alfabetização, currículo, permanências e transitoriedade

A mesa-redonda, conduzida por Thiago Gomide, assessor especial da MultiRio, reuniu Cristina Lima, coordenadora de Revisão Curricular da SME-Rio; a professora doutora Amélia Escotto do Amaral Ribeiro, da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – FEBF/Uerj; e Jonê Baião, professora do programa de pós-graduação em Educação da Uerj e do Colégio de Aplicação da Uerj, também aposentada neste ano da Rede Municipal. 

Orquestra de Vozes Meninos do Rio (Foto: Alberto Jacob Filho)

Cristina Lima falou sobre a relação entre currículo e alfabetização, mencionando o histórico dos documentos de Orientações Curriculares e afirmando que, desde julho de 2017, sua coordenadoria vem revendo documentos de outras redes de ensino do país e do mundo. “Grupos de professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental estão participando dessa discussão sobre revisão curricular, que, a partir de maio deste ano, também passou a contar com consultores de diferentes áreas. Essa primeira versão do documento que está sendo elaborado vem sendo discutida em encontros regionais com professores, consultores e coordenadores pedagógicos, e diretores, entre os meses de agosto e setembro”, explicou Cristina Lima. 

“A produção de um documento de Orientações Curriculares precisa atender particularidades da Rede, respeitando o projeto das escolas e o planejamento do professor.”

Em seguida, a professora doutora Amélia Escotto do Amaral Ribeiro falou sobre as permanências e a transitoriedade em questões referentes à escola. “A crença no ser humano vai além da crença na escola. O único ser vivente incompleto é o ser humano, mas essencialmente educável – e não treinável. O que faz do ser humano humano? Uma das evidências da condição humana é que somos seres de linguagem”, disse a educadora.

Assim, Amélia Escotto defendeu que o papel da escola é garantir o uso das linguagens que constituem o mundo, sendo uma delas a língua portuguesa.

“É preciso ter clareza da interface permanente entre ação, mudança e reflexão; sobre o que é permanente e o que é transitório nessas questões. Às vezes, discutimos pessoas, e não ideias. Então, não avançamos. Temos que rever nossas relações com o saber estruturante da nossa ação enquanto alfabetizadores: a língua. Não abandonar, nem criticar, mas transformar, para que a gente consiga ser cada vez mais humano, expressando nossa humanidade por meio da língua e suas características.” 

A professora Jonê Baião se apresenta, observada por Amélia Escotto do Amaral Ribeiro e Cristina Lima (Foto: Alberto Jacob Filho)

A educadora finalizou sua fala dizendo que a alfabetização não tem ponto final, e sim reticências. “Isso implica pensar sempre em quem estamos alfabetizando: um sujeito que tem direito a ser feliz em sociedade pelo domínio da linguagem.” 

Concluindo as explanações da mesa-redonda, a professora Jonê Baião ressaltou a escola como um espaço do ouvir, um lugar de construção de conhecimento por meio da conversa. “Estamos em um tempo em que afirmamos muito e fazemos poucas perguntas. Precisamos voltar ao lugar da interrogação. E conversar! Vamos conversar!”, convidou a alfabetizadora.

Jonê Baião afirmou que um dos caminhos para alcançar o sucesso na universalização da escola é justamente sair do universal para o particular. “Há uma contradição entre universalização, pluralidade e singularidade. É plural o sujeito, a língua e o modo de alfabetizar. E também aprendemos pelas imagens, pelas ciências, pelas histórias, pelas geografias, pelas matemáticas e outras linguagens. A escola tem a função de promover os diversos letramentos, que são plurais.”

Questionada sobre como desenvolver a escrita com os alunos, ela enfatizou: “Faça com que os alunos escrevam para serem lidos, e não como mera redação escolar. Este é um desafio.”

Confira a cobertura da VI Semana de Alfabetização feita pela MultiRio, atualizada ao longo do evento. Em breve, os vídeos das palestras e debates também estarão disponíveis.

 
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