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Siriri
22 Fevereiro 2022 | Por Fernanda Fernandes
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O siriri é característico dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (Foto: Luiz Alvez/ Cuiaba.mt.gov.br)

O siriri é uma dança folclórica dos estados de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul. Em geral, a manifestação integra festas tradicionais e festejos religiosos da região Centro-Oeste.

Típica de áreas ribeirinhas e de zonas rurais, hoje a dança já circula por palcos nas cidades, sendo destaque, principalmente, no Festival de Cururu e Siriri de Cuiabá (MT).

Segundo pesquisadores, há indícios de que o siriri tenha nascido no período colonial, estando ligado à história e à cultura de Mato Grosso. A dança teria, então, elementos de influência indígena, africana, portuguesa e espanhola.

Há duas versões para a origem do termo “siriri”. A mais disseminada é a de que o nome, de origem indígena, relaciona-se ao nome de uma espécie de cupim com asas, que voava pelas lamparinas em um ritmo parecido com a dança, segundo crença da época.

A outra versão é de que o nome viria de “otiriri”, um tipo de representação teatral cômica comum por volta do século XVIII na Península Ibérica.

O siriri é considerado uma variação do cururu – outra manifestação típica da região –, porém com ritmo mais acelerado. As letras entoadas falam de forma simples sobre situações da vida e do cotidiano da região.

Os instrumentos tradicionais do siriri são a viola de cocho, instrumento típico do Mato Grosso, feito artesanalmente a partir de um tronco de madeira inteiriça; o ganzá, tipo de chocalho; e o mocho (ou tamboril), instrumento de percussão feito em madeira e semelhante a um banco.

É uma dança de vários passos, que envolvem bater palmas e pés, estalar os dedos, colocar as mãos na cintura, girar, entre outros. Em alguns movimentos, os dançarinos parecem estar brincando.

Manifestações culturais ligadas à música, à dança e à religião são símbolo de resistência, da identidade e da história de diversos territórios e povos. No Brasil, essas manifestações tiveram origem ou influência africana, indígena e, também, europeia. São exemplos: o afoxé, a banda de pífanos, o siriri, serafina, o tambor de crioula, o ticumbi e o cavalo-marinho.

Fontes:

Site do Estado de Mato Grosso.
Tesauro de Folclore e Cultura Popular Brasileira.
Corporeidade, corpo e culturas negras na educação física escolar: o conhecimento incorporado na dança do Siriri – MT. Corpo e cultura/ org.: Maria Cecília de Paula Silva, Pedro Athayde, Larissa Lara. – Natal: EDUFRN, 2020.
SANTOS, Giordanna. Reflexões sobre a dança siriri e processos identitários em Cuiabá-MT. VI Enecult – Facom-UFBa.

 
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