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O mercado de jogos eletrônicos e as oportunidades no Rio de Janeiro
10 Abril 2017 | Por Fernanda Fernandes
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O que, em princípio, era só brincadeira de criança, hoje é mais do que apenas entretenimento. Na contramão de outros setores, a indústria de jogos eletrônicos cresce expressivamente, e ainda há muito a ser desenvolvido.

“A indústria de videogame é a maior indústria de entretenimento do mundo, ultrapassando a de cinema e a de música. É muito promissora no Brasil, e ainda não atingiu sua plenitude. Parte disso se deve ao fato de que muitas pessoas ainda não têm acesso a smartphones e à internet – estamos um pouco limitados aos centros urbanos. Há muito potencial de crescimento”, afirma Rafael Bastos, fundador do estúdio de criação Dumativa – voltado para a produção de conteúdo interativo, principalmente jogos eletrônicos – e produtor do game A Lenda do Herói.

O videogame deixou, inclusive, de ser um “vilão”. Atualmente, muitas de suas tecnologias e dinâmicas são usadas em outras áreas de conhecimento. “O processo de simulação, usado na medicina e na engenharia, veio do videogame. Vários estudos também associam técnicas de videogame à educação. Deixou de ser uma brincadeira. Ainda tem um viés de entretenimento, mas a indústria é muito mais complexa.”

Sobre o desenvolvimento de jogos, as oportunidades contemplam diferentes áreas, mas principalmente programação, música, literatura e design. Também há demanda por profissionais de administração e gestão, vendas, engenharia e direito.

Além da carência de investimento e da cultura de empreendedorismo, Rafael aponta a falta de formação e de informação dos profissionais como uma das dificuldades do setor. “O estudo é muito importante, é uma área muito técnica. Apesar de, em geral, não exigirem diploma, é bom se especializar. Há muito conteúdo na internet e alguns cursos gratuitos. Com dedicação, é possível ganhar dinheiro e encontrar nos jogos eletrônicos uma profissão”, afirma, destacando que muitos estudantes e profissionais também não sabem que podem trabalhar nessa área. “Nos cursos de graduação de Letras ou de Música, por exemplo, isso ainda não é muito divulgado.”

Muitos não sabem, mas a formação específica em games já chegou também à graduação. Na cidade de Engenheiro Paulo de Frontin, no sul do estado do Rio de Janeiro, por exemplo, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia dispõe do curso superior de Tecnologia em Jogos Digitais. Trata-se da primeira instituição pública federal do país a oferecer uma graduação nessa área.

A seleção é realizada pelo Sisu, sistema informatizado do Ministério da Educação por meio do qual instituições públicas de Ensino Superior disponibilizam vagas a candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A formação é multidisciplinar e os formados podem atuar, principalmente, como programadores de jogos digitais, game designers, artistas gráficos ou, ainda, músicos digitais.

Introdução ao Desenvolvimento de Games nas Naves do Conhecimento

Visando estimular as novas gerações a conhecer e a se aprofundar no mercado de jogos eletrônicos, as Naves do Conhecimento estão começando a oferecer cursos na área de Game Design, por iniciativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação (SMDEI). O primeiro deles é o de Introdução ao Desenvolvimento de Games, com aulas sobre conhecimento básico de ferramentas, disciplinas e requisitos para o desenvolvimento de jogos (analógicos e digitais).

Nele, os alunos serão apresentados a aspectos gerais da criação de games — como arte, música, narrativa, programação e montagem de projeto — de forma lúdica e participativa, com exercícios individuais e coletivos. Como parte do aprendizado técnico, serão desenvolvidas atividades específicas em softwares como Construct2, Audacity e editores de imagem e texto. A ideia é que eles criem seus próprios projetos de game.

As aulas têm início no dia 11 de abril. Ao todo, serão 16 encontros de três horas de duração, às terças e quintas, das 13h30 às 16h30, em todas as unidades das Naves (Santa Cruz, Engenhão, Madureira, Penha, Padre Miguel, Irajá, Vila Aliança, Nova Brasília e Triagem).

Para participar, é preciso ser alfabetizado e ter conhecimento básico de informática. As inscrições devem ser feitas pelo site.

Neste mês de abril, as Naves também sediam a Primeira Copa Nave Games, competição em que crianças, jovens e adultos disputam jogos de videogame – Mario Kart, PES 2017 e Holodrive – em busca de prêmios que somam R$ 6 mil. Durante cada etapa classificatória, um desenvolvedor de jogos faz uma palestra falando sobre as oportunidades do setor. A grande final acontece em 23 de abril, na unidade do Engenho de Dentro. Os finalistas também se apresentam no Geek & Games Rio Festival, o primeiro do tipo a ser realizado no Brasil, com palestrantes nacionais e internacionais, exposições e concursos. Mais informações podem ser obtidas no site das Naves do Conhecimento.

Meu Primeiro Jogo: o curso de games da MultiRio

Para os interessados nesse universo, a MultiRio também disponibiliza o curso Meu Primeiro Jogo. Nele, por meio de 14 videoaulas, o usuário aprende como criar, planejar e desenvolver games e objetos de aprendizagem usando uma ferramenta bem simples – o software Scratch.
O curso está disponível para todos e pode ser acessado aqui

 
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